Meu Portugal

Meu Portugal

18 de julho de 2010

Meu querido, meu velho, meu amigo, meu Pai


        
                       06-01-1945         24-06-2010


Meu Pai sempre foste o meu melhor amigo podia falar qualquer coisa contigo.

Sempre me mostraste o que é certo e errado sempre foste justo e correcto

Nada de vaidades a tua simplicidade em tudo que me ensinavas os valores a tradição que nos passaste espero um dia passar às minhas filhas.

Foste embora sem nada dizer partiste para outro mundo que saudades tenho tuas das nossas conversas das histórias que contavas de outros tempos.

Sinto muito a tua falta agora não sei o que fazer todos os dias tenho de acordar e enfrentar a realidade morreste como enfrentar tal realidade?

O vazio que sinto por não te ver, não falarmos, não te dar um beijo e dizer até amanha Pai, sinto-me perdido como se no meio do alto mar estivesse sem saber nadar que faço?

Tentarei nadar para me salvar mas o mar não tem fim valerá a pena?

Todos os dias sinto o coração apertado o peito apertado a sufocar sem poder respirar uma tristeza um vazio que me acompanha desespero com esta angústia  a dor é enorme e não sairá do meu peito.

Nunca imaginei que este dia chegaria pensava que durarias até aos noventa e muitos porque te foste e nos deixaste? Terei de me habituar no dia-a-dia que já não tenho o meu Pai junto de mim mas é difícil quando as minhas filhas me chamam Pai olho para elas com tristeza pois eu não tenho a quem chamar Pai. Sei que estarás junto de Deus a olhar por nós tua Família.

Ilumina nossos caminhos orienta-nos para que ensinemos aos nossos filhos o que nos ensinaste a nós.

Muito mais avia a dizer sobre ti mas um dia falaremos quando estiver junto de ti.


Até um dia meu querido, meu velho, meu amigo, meu Pai.